Chega ou não chega?

Há um indígena, chamado André Ventura, que era do PSD, mas que decidiu criar o seu próprio partido. Decidiu chamar-lhe Chega.

Parece que o nome escolhido tem a ver com várias coisas que Ventura gostaria de acabar, por estar farto delas, assim como nós dizemos, por exemplo, chega de batatas fritas, chega de chuva, chega de penaltis mal assinalados!

Ventura estará farto de migrantes, gays e lésbicas, ciganos, esquerdalhos e coisas do género.

Isto é o que eu digo, porque não sei ao certo se o tal Chega, chega a ter alguma ideologia.

Em resumo, o Ventura levou as assinaturas da ordem ao Tribunal Constitucional, para legalizar o Chega e, assim, poder concorrer às eleições para o Parlamento Europeu.

Teve azar, porque o Tribunal recusou a legalização do Chega porque encontrou assinaturas de menores e de polícias, o que não é permitido por lei.

Será que o Ventura desconhece a lei, ou pensou que os juízes tinham mais que fazer do que verificar a idoneidade de todas as assinaturas?

Como já não teria tempo para arranjar novas assinaturas válidas, o Ventura conseguiu inventar uma coligação para concorrer às eleições, juntando o Partido Popular Monárquico, o Partido Cidadania e Democracia Cristã, o Movimento Democracia 21 e o seu próprio Movimento Chega.

E decidiu chamar a essa coligação Chega.

Que original.

O Tribunal fez-lhe um manguito, explicando que não podia aceitar o nome da coligação Chega, porque se confundiria com o nome do Partido que pretende ser legalizado.

O Ventura armou-se em xico-esperto: como não conseguiu legalizar o Partido Chega, tentou legalizar o Movimento Chega.

Faz lembrar o caso do tipo que se chamava João Merdas e que decidiu mudar o nome para Manuel Merdas…

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