Que difícil foi ler esta Trilogia, caramba!
Aliás, até decidi não a ler toda…
Ariana Harwicz (Buenos Aires, 1977), é uma escritora argentina que alguém compara a Virginia Wolf e Sylvia Plath e este livro reúne três novelas: Mata-te, Amor (2012), A Atrasada Mental (2014), e Precoce (2015).
Segundo a autora, trata-se de uma trilogia involuntária sobre a maternidade e os seus tabus.
Então, não percebi nada!
Os três textos são muito parecidos (o terceiro, Precoce, nem o acabei). A autora escreve como se fosse uma escrita automática.
“Se pudesse usava uma bengala, vestia-me como uma velha, pintava o cabelo de branco, tomava comprimidos para doenças neurológicas até que o meu cérebro se habituasse a elas. Quero ser uma velha. Desagradável em todos os sentidos, hedionda, insuportável, fedorenta, e tomaria a medicação para que me tivesse de lavar durante muito tempo. Assim, ainda com o sexo a latejar, ouvi-o, vi-o mexer uma boca já distante, dizer palavras que não compreendi. As folhas cortavam o ar, o cenário tremia como se alguém nos dirigisse. Até que ouvi, cura. Isso vinha de mim. Uma mulher que precisava de se acalmar. Tornar-se uma ameba.”
E assim continua…
As duas primeiras novelas são um conjunto de textos deste género; cada textos cobrindo página e meia.
O terceiro é um texto contínuo, mas, no fundo, é mais do mesmo.
Há uma narradora, uma mãe, um amante (?), muitas ereções e ejaculações e textos, todos eles, herméticos.
“Trava de repente na berma. Olha para mim. Sei que me teria cravado uma agulha de costura no corpo mas tem a cara e a boca demasiado secas”.
Está bem, vou ler outra coisa…