Ora baixe lá as calças, por favor…

Duas enfermeiras de hospitais do Porto, dizem que, na consulta de Saúde Ocupacional, tiveram que espremer as mamas para provar que ainda tinham leite e, desse modo, conseguir a prorrogação da sua licença de amamentação, com a qual têm direito a duas horas diárias a menos no horário de trabalho.

Acho um boa ideia.

A partir de amanhã, sempre que algum doente se queixar de diarreia, vou solicitar-lhe que baixe as calças e prove, ali mesmo, que não está a tentar aldrabar-me!

í“ Núncio, mostra lá a lista!

O assunto desta semana foi a lista VIP do fisco.

Para quem andou distraído com as declarações do Ricardo Salgado, os habeas corpus do Sócrates ou optimismo do Cavaco, recordo que os Sindicatos bufaram que existe uma lista de contribuintes VIP; se os funcionários do fisco consultarem os dados fiscais dos tipos que fazem parte dessa lista, toca uma campainha algures, e são apanhados.

Supõe-se que, dessa lista, fariam parte o presidente, o primeiro-ministro e outras figuras de topo.

Segundo os Sindicatos, o secretário de Estado Paulo Núncio seria o responsável pela lista.

Núncio desmentiu.

Passos Coelho disse que mantinha a sua confiança no secretário de Estado.

A ministra das Finanças, superiora hierárquica de Núncio, não se pronuncia porque anda toda contentinha porque tem os cofres cheios!

O director-geral da Autoridade Tributária demite-se e diz que ele é que tem a culpa de tudo mas a Oposição exige a demissão de Núncio.

No Parlamento, Núncio diz que não se demite, não sabia de nada e é “visceralmente contra” a lista.

Estamos, portanto, ao nível das vísceras.

Mas como é que Núncio pode estar contra uma coisa que, pelos vistos, não existe?

E, se existisse, sinceramente, qual era o problema?

Agora, que sabemos, graças í  Maria Luís, que temos os cofres cheios de dinheiro, nada mais interessa!

Núncio: se fosse a ti, pegava na lista e pespegava com ela nos jornais todos amanhã de manhã.

Depois, pegava na Maria Luís e nos cofres cheios de dinheiro, e pirava-me para um paraíso fiscal qualquer.

Mandavas o Ricardo Salgado, o Henrique Granadeiro e o Zeinal Bava irem ter contigo, pagavas a um comando para vir libertar o Sócrates e fundavas uma República Portuguesa no exílio.

O Varoufakis ia-se roer de inveja!…

Por que é bom que Portugal não seja a Grécia

A vitória do Syriza nas eleições gregas levantou alguns problemas geográficos.

Dizem que a Grécia virou í  esquerda.

Ora, se virou í  esquerda, a Grécia foi para cima da Albânia que, entalada entre a nova República da Macedónia e o Adriático, nada poderá fazer senão atirar-se ao mar.

Ora, se a Albânia cair no mar e a Grécia ocupar o seu lugar, vai haver guerra com a auto-denominada República da Macedónia porque, como se sabe, os gregos não autorizam que os macedónios utilizem esse nome, já que Macedónia é o nome de uma província grega, para além de um sabor de gelado e de um agrupamento de legumes.

Os balcãs sempre foram complicados.

Temendo que Portugal caísse na tentação de também virar í  esquerda, afundando-se no Atlântico, os nosso políticos de direita têm declarado a pés juntos, e com eles afastados, que Portugal não é a Grécia.

Ainda bem.

Se Portugal fosse a Grécia, a Espanha seria a Turquia e teríamos a Síria, o Iraque e o Irão a dois passos.

O Califado seria muito mais exequível.

Livra!

Syrizemos, pois!

O Syriza está na moda.

A comunicação social, sempre com aquela tendência tabloidizante, inunda-nos de informações irrelevantes sobre a actualidade grega, e pouco ou nada nos diz sobre as questões de fundo.

O que interessa é sabermos que o Tsipras não quis jurar sobre a bíblia, para além de teimar em não usar gravata; informam-nos, também, que o governo cessante, o de Samaras, abandonou o Palácio governamental, deixando tudo vazio, nem sequer deixou a password para o wi-fi e, nas casas de banho, nem sabonetes havia!

Como se vê, tudo informações importantes para perceber o fenómeno Syriza.

Afinal, o que quer o Syriza de diferente?

Segundo o nosso inteligente primeiro-ministro, o que eles queres é um “conto de crianças“, assim uma espécie de história da Carochinha porque, disse Coelho, como “é possível que um país, por exemplo, não queira assumir os seus compromissos, não pagar as suas dívidas, querer aumentar os salários, baixar os impostos e ainda ter a obrigação de os seus parceiros garantirem o financiamento sem contrapartidas?”.

Por outras palavras: segundo o Coelho, o programa do Syriza será não pagar dívidas, aumentar os salários e baixar os impostos.

E isso é mau?

O que Coelho tem é inveja!

Portanto, o que há a fazer é Syrizar Portugal.

Apear o Passus Coelhanis, transformar o PS, o Bloco e o Livre, não em Syriza, mas em Cereja (Coligação da Esquerda Realista Embora Já Anquilosada), eleger o Antonius Costakis e convidar o Louçanikis para ministro das Finanças.

Merkel teria o enfarte.

Altice, que chatice!

PT não sejas francesa
Com toda a certeza
Não vais ser feliz

PT, que ideia daninha
Vaidosa, alfacinha,
Casar com Paris

PT, tens cá namorados
Que dizem, coitados,
Com as almas na voz

PT, não sejas francesa
Tu és portuguesa
Tu és só pra nós

(Letra: José Galhardo; Música: Raul Ferrão)

Ronaldo: tesão ou orquite?

Ronaldo já tem uma estátua.

O autor chama-se Ricardo Veloza.

Convém fixar este nome.

Com 3 metros e 40 de altura, são 800 quilos de bronze.

E Ronaldo exibe um chumaço na zona genital.

Toda a impreronaldo estatuansa internacional fala nisto.

Dizem que o jogador está com uma erecção.

Veloza nega com veemência.

Quando Ronaldo posou para o artista, tinha acabado de levar uma bolada no testículo direito e estava a aplicar gelo, numa tentativa de diminuir o edema.

A proeminência que se nota na estátua é, de facto, o saco de gelo que o jogador tinha sobre o testículo.

“Sou um artista muito realista”, terá dito Veloza.

Ajudem os deputados!

É indecente o que Passos Coelho e António Costa fizeram aos seus deputados!

Depois de, muito justamente, os deputados do PSD e do PS terem aprovado a reintrodução da subvenção vitalícia, eis que os líderes dos partidos os obrigam a voltar atrás!

O que vai ser agora dos deputados quando saírem do Parlamento?

Que lhes resta senão o Rendimento de Inserção Social?

Recordo que foi o malvado do Sócrates quem acabou com essa subvenção vitalícia, um pagamento mensal que todos nós, contribuintes, concordámos em oferecer aos nossos deputados, até ao fim dos seus dias, como agradecimento pelas horas que passaram na Assembleia a resolver os nossos assuntos.

Sócrates, esse malandro, não satisfeito em ser o causador da crise da dívida soberana, da bronca do subprime norte-americano, da epidemia de ébola e da queda da bolsa de Tóquio, ainda teve tempo para massacrar os pobres dos deputados, retirando-lhes o pão da boca!

Agora, com a Economia a crescer e a crise a abrandar, embora ainda não seja possível repor os ordenados dos funcionário públicos, já seria viável voltar a conferir a subvenção aos nossos queridos deputados – se não fosse a intervenção de Passos Coelho e António Costa!

Estes dois que não se entendem em nada, logo haviam de concordar nisto!

Depois de anos a trabalhar na Assembleia, o que faz um deputado quando de lá sai?

Veja-se o exemplo de Santana Lopes, que teve que ir trabalhar para a Misericórdia, ou de Marques Mendes, que teve que enveredar pela carreira televisiva para conseguir pagar a água e a luz!

Penso que é da mais elementar justiça organizarmos uma petição pública para que seja reposta a subvenção vitalícia dos deputados!

Deputados subvencionados jamais serão escravizados!

Com subvenção vitalícia, os deputados são uma delícia!

Os portugueses só tomam banho com água engarrafada

Angela Merkel tem razão: temos licenciados a mais!

Somos um povo de aristocratas que só se satisfaz com um curso superior, uma auto-estrada, um carro alemão, uma vivenda no Algarve e um banho em água do Luso.

Um simples surto de legionella foi o suficiente para pí´r a nu a nossa mania das grandezas.

O esforçado director-geral da Saúde, Francisco George, bem se esganiçou para afirmar que a bactéria apenas fazia mal se fosse inalada – a maltósia não vai na conversa, eu sei lá se o gajo não nos está a endrominar, com aquela barba mal semeada e aquele risco ao meio!

E a comunicação social, eco da ignorância nacional, dá uma ajuda.

Um artigo do Jornal de Notícias titula: “Há quem já só se lave com água engarrafada”!

Não temos dinheiro para os medicamentos, o IMI leva-nos a massa toda, passamos fome, cortam-nos os salários, estamos desempregados, sem subsídios, sem ajudas, mas tomamos banho em água engarrafada!

Pobres, sim, mas sujos, nunca! E com legionella, never!

E a notícia diz: “não obstante as declarações oficiais de que a ingestão de água da rede pública não afecta a saúde, a verdade é que a população continua a ter fortes reticências…«Já só me lavo com água engarrafada», disse ao JN Sheila Costa, em Vialonga, frente ao supermercado Lidl.”… E mais í  frente: «eu não confio na água de rede, nem percebo o que dizem»…

Um fulana chamada Sheila, em frente a um supermercado Lidl é bem a imagem actual do nosso país!

E o jornalista também não esclarece a pobre da Sheila porque, em nenhuma parte da notícia, esclarece que a legionella não se transmite bebendo água, mas apenas inalando gotículas de vapor de água!

A Sheila estava acompanhada do seu amigo Vicente Rolim, “que tinha acabado de comprar 15 litros de água engarrafada”.

E lá foram todos contentes lavar-se com água engarrafada!

Como queremos nós sair da crise, se continuamos a viver acima das nossas possibilidades?

Tomar banho em água engarrafada é para os árabes ricos!

Os alemães, por exemplo, tomam banho só em dias festivos e nem sabem o que é um bidé!

A própria Merkel nunca se lava depois de ir í  casa de banho, preferindo as toalhitas perfumadas.

Tens razão, Merkel: temos licenciados a mais…

A Sheila e o Vicente confirmam…

O sexto homem e outras cenas

Não se passa nada.

Neste país em que os ministros pedem desculpa e continuam tranquilamente a ocupar os seus lugares, não se passa nada.

No PS, o Seguro deu í  Costa.

Levou uma abada de 70 a 30%, meteu-se no carro com a família e nunca mais apareceu no emprego.

Mas Costa tem as costas largas e já arranjou cargos para alguns dos apoiantes de Seguro.

O PS é uma grande família feliz, só lhe falta o arroz chow chow.

Por outro lado, o Bloco está a desbloquear-se.

Aos poucos vai-se desfazendo em pequenos bloquinhos.

Quanto í quele advogado que é dois, Marinho & Pinto, parece que vai fundar um novo Partido amanhã, para comemorar o 5 de Outubro, enterrando o da Terra.

Eleito para o Parlamento Europeu, quer é as legislativas ou até ser Presidente, Dono Disto Tudo!

Por falar em DDT, o ex-presidente do BES, Salgado, apimentou esta semana com a revelação de cenas que se passaram em reuniões do Grupo Espírito Santo.

Segundo revela o i, a empresa que vendeu os submarinos a Portugal, untou a família Espírito Santo e não só.

Foram 30 milhões ao todo, mas 10 milhões ficaram nas mãos dos advogados.

Dos restantes 20 milhões, 5 milhões ficaram com a família ES (um milhão por cada um dos cinco ramos) e os restantes 15 foram repartidos pelos três administradores alemães e por uma sexta pessoa.

Claro que toda a gente quer saber quem é esta sexta pessoa que não é o Paulo Portas.

Nem pode ser o Portas porque a Comissão de Inquérito do Parlamento já chegou í  conclusão de que não houve nada de ilegal na compra de material de guerra, incluindo os submarinos.

A relatora da Comissão, Mónica Ferro, apresentou-se aos jornalistas com um calhamaço de mais de 400 páginas e garantiu que nenhum membro do governo se abotoou com nenhuma gorjeta nesta história toda.

A Mónica é de Ferro!

Sobre isto, Portas nada diz.

Anda ocupado a pensar como há-de convencer Passos Coelho a descer o IRS, mas Passos tem andado ocupado a procurar os recibos do ordenado que não recebia quando não trabalhava para a Tecnoforma, no tempo em que não estava em exclusividade no Parlamento.

Enfim, em Portugal não se passa mesmo nada!