Por que é bom que Portugal não seja a Grécia

A vitória do Syriza nas eleições gregas levantou alguns problemas geográficos.

Dizem que a Grécia virou à esquerda.

Ora, se virou à esquerda, a Grécia foi para cima da Albânia que, entalada entre a nova República da Macedónia e o Adriático, nada poderá fazer senão atirar-se ao mar.

Ora, se a Albânia cair no mar e a Grécia ocupar o seu lugar, vai haver guerra com a auto-denominada República da Macedónia porque, como se sabe, os gregos não autorizam que os macedónios utilizem esse nome, já que Macedónia é o nome de uma província grega, para além de um sabor de gelado e de um agrupamento de legumes.

Os balcãs sempre foram complicados.

Temendo que Portugal caísse na tentação de também virar à esquerda, afundando-se no Atlântico, os nosso políticos de direita têm declarado a pés juntos, e com eles afastados, que Portugal não é a Grécia.

Ainda bem.

Se Portugal fosse a Grécia, a Espanha seria a Turquia e teríamos a Síria, o Iraque e o Irão a dois passos.

O Califado seria muito mais exequível.

Livra!