“Mel”, de Ian McEwan (2012)

O novo e excelente romance de Ian McEwan prega-nos três partidas.

A primeira consiste no facto da história ser narrada por uma mulher, a funcionária do MI5, Serena Frome e, às tantas, esquecemo-nos que o livro foi escrito por um homem.

A segunda reside no facto de McEwan aproveitar a personagem do escritor Tom Haley para nos contar meia dúzia de histórias da autoria de Haley e que dariam um bom livro de contos mas, como Haley diz, os livros de contos não se vendem… Assim, diluem-se as histórias num romance e não se perde tudo…

A terceira partida é o final do romance, que é surpreendente.

A história passa-se em Inglaterra, nos anos 70 do século passado. Serena Frome é uma jovem funcionária menor do MI5 que é escolhida para um projecto que consiste em subsidiar, através de uma Fundação fantasma, escritores promissores que, assim, veladamente, pugnariam pelos ideais anticomunistas, através dos seus romances.

Esse projecto tem o nome de código “Sweet Tooth” (não sei porque a Gradiva escolheu “Mel”, como título porque, parece-me que “sweet tooth” quer dizer qualquer coisa como “apetência por doces”).

Serena fica encarregue de convencer Haley a aceitar uma subvenção da tal Fundação, fazendo-se passar por uma angariadora de talentos literários. Ele aceita e em breve se apaixonam.

Se querem saber o resto, leiam porque vale mesmo a pena.

2 thoughts on ““Mel”, de Ian McEwan (2012)

  1. Comecei com “Amestardão”, a leitura deste autor. Agradeço a referência e o bom gosto do seu site. Excelentes textos. Fiquei “freguesa”.

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