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O Coiso
O melhor do meu Pão Comanteiga

DESPORTO

Programa emitido a 1 de Novembro 1981

Abertura
Alô desportistas, desbenfiquistas, dessportinguistas e todos os outros amantes do desporto em geral, e dos amantes em particular, o Pão Comanteiga de hoje é-vos dedicado. Ao cabo de mais de 80 domingos em que se falou de quase tudo ou praticamente nada, faltava dedicar um programa ao desporto. Por isso, equipámo-nos como deve ser, camisola, calções, ténis, trouxemos as bolas, as raquetas e outros utensílios indispensáveis à prática de qualquer desporto.
O encontro está prestes a começar, mas antes, eis a constituição das equipas:
Equipa da casa: todos os ouvintes da Rádio Comercial, onda média e frequência modulada.
Equipa dos visitantes: Artur “passa a bola!” Santos, Bernardo “não sejas foção!” e Cunha, Eduarda “alivia de qualquer maneira” Ferreira, Joaquim “salva sobre o risco” Furtado, José “lança em profundidade” Duarte, Mário “dribla dois adversários” Zambujal e Carlos “remata à meia volta” Cruz.
Temos aqui a cabina cheia de bolas e balizas, a Eduarda trouxe o apito e vai arbitrar o jogo. Vamos iniciar as hostilidades com uma série de curiosidades desportivas, que certamente você desconhecia:
- sabia, por exemplo, que o hoquei sobre o gelo tem sido um fiasco no Equador?
- e que é sempre difícil fazer canoagem nas cataratas do Niagara?
- e muito mais difícil praticar wind surf no mar Morto?
- e aborrecido fazer alpinismo no Saara?
- e sabia que os campos de futebol estão cobertos de relva, para se distinguirem dos mamíferos, que estão cobertos de pelos?
- e que, no basquetebol, os cestos não estão só rotos por baixo, mas também por cima?
- e que, no pingue pongue, o primeiro a jogar é que faz pingue?
Saiba isto e muito mais, acompanhando-nos das 10 às 13, ou das 13 às 10, para quem pratica desporto em sentido contrário, metendo golos na própria baliza, executando o triplo salto à retaguarda ou cortando a meta em marcha atrás.
E como o desporto faz bem à saúde, o Pão Comanteiga de hoje é especialmente dedicado aos engripados deste país. Não liguem à gripe de Outono e venham fazer um circuitozinho de manutenção até às 13.

Relato do jogo entre o Aliás Futebol Clube e o Grupo Desportivo Realmente
Os jogadores estão já nas suas posições, o público também, o ambiente é de grande excitação, o que se compreende, já que está em jogo o título. O árbitro prepara-se para dar início à partida. É o aliás que vai movimentar o esférico. Perto da bola, encontra-se o seu nº 10, Sacramento da Costa Silva Gomes. O árbitro apita, o jogador vai dar o pontapé de saída – falhou! Aproveita-se o Realmente, por intermédio de Lopes Garcia Antunes e Sá, que leva a bola nos pés e uma touca na cabeça por causa do frio e para que o cabelo não lhe tape a visão, já de si diminuída porque já é noite e a iluminação do estádio de Sítio é precária. Lopes Garcia Antunes e Sá prossegue com a bola, coxeia um pouco de ambas as mãos, evita um adversário desculpando-se com compromissos assumidos anteriormente, aproxima-se perigosamente da grande área, que mostra já um ar aflito, mas tropeça na linha divisória, estatela-se e cai completamente, contorcendo-se com dores no mindinho, ao que supomos. O árbitro interrompe a partida e chama o massagista que se senta num banquinho e assiste ao jogador. A assistência assobia um conhecido tango e os jogadores do Aliás protestam junto do árbitro, sugerindo um fora de jogo que nunca existiu. O elemento do Realmente continua a contorcer-se com dores e com o corpo, enquanto o massagista continua a assisti-lo calmamente, esperando que a crise passe. O árbitro, cansado, põe o massagista na rua e manda prosseguir o jogo com a marcação de um livre contra o Realmente. António cardoso Matos da Pinha fica encarregado de marcar o castigo mas esquece-se e retira-se para o seu meio campo, zangado com todos. Reage o Aliás, por intermédio de José Manuel Pinto Correia de Almeida, que atira a bola a pingar sobre o grande círculo, encharcando alguns jogadores que ali se encontravam por acaso, e depois a bola sobra para o nº 9 do Aliás, Cruz Costa Gonçalves, que passa de imediato, por não ter jogo, a Antunes Pais Sousa Pereira, que corre colado à linha lateral. O fiscal de linha agita a bandeirola, mas ninguém liga porque é tique. O jogador do Aliás continua colado à linha e começa a pedir ajuda aos seus companheiros de equipa. A cola parece ser das boas e não há modo de tirar Antunes pais Sousa Pereira da linha lateral. Mas o jogo prossegue, com Carmo António Jesus Ferreira, o nº 3 do Realmente, a captar a bola e a fugir com ela em direcção às cabinas, interna-se no serviço 2, cama 3, do Hospital de S. José, dribla um adversário e dois espectadores, prepara-se para rematar, rematou... bola sobre a barra! Impressionante tiro de Carmo António Jesus Ferreira, que fica todo chamuscado de pólvora. O guarda-redes do realmente vai buscar o escadote para tirar a bola, que ficou sobre a barra e nós passamos aos estúdios, por agora.
(...)
Voltamos ao contacto com os srs. Ouvintes, directamente do Estádio de Sítio, para transmitirmos, em directo, e em rigoroso exclusivo, mais um pedaço do relato deste emocionante desafio. O resultado mantem-se e passam alguns minutos desde que Jaime Corvelo Reboredo Nunes II ia metendo a bola na própria baliza por descuido imperdoável. O seu companheiro de equipa, que enverga a camisola com o nº 7 não lhe perdoou e presenteou-o com uma sova, atirando-o para o banco de suplentes. O árbitro mostra o cartão amarelo mas os jogadores parecem não gostar. O árbitro mostra, então, sucessivamente, cartões azuis, verdes, cor de rosa e os jogadores acabam por lhe virar costas, totalmente desinteressados, e decidem recomeçar o jogo por desfastio. A bola a viajar pela intermediária do Aliás, em comboio especialmente fretado para o efeito, e a ser captada por Paulo Carmesim Graça Viriato, da defesa do Realmente que, adiantado no terreno, decide tentar a sua sorte, instalando-se no meio campo adversário; olha em volta, à procura de alguém a quem passar a bola, aguarda a desmarcação de alguns companheiros, mas como nada disso acontece, entrega a bola a um adversário e volta para trás, chateado, aos pontapés à relva. Vem o realmente para o ataque, conduzindo o esférico Jaime Corvelo Reboredo Nunes I, irmão de jaime Corvelo Reboredo Nunes II, embora se diga que o pai não é o mesmo, o que tem causado alguns pruridos no seio do Realmente, que poderão influenciar o estado de espírito dos jogadores. Jaime Corvelo reboredo Nunes II passa a Gregório Cosme Valentim, que se aproxima da linha limite da grande área, prepara o remate, prefere passar a Júlio Norberto da Sousa Cunha, que recua um pouco, cruzando agora o esférico, saltam vários jogadores, gera-se confusão, vários pés e mãos, a bola sobra para Carmo António Jesus Ferreira, que não parece interessado nela e o árbitro acaba por aproveitar o ensejo para fugir com a bola e mandar um livre contra o Aliás, não se percebendo muito bem porquê. A assistência protesta, a polícia intervém e como alguns espectadores a provocam, há pancada nas bancadas. Mas o jogo prossegue, o livre foi já marcado e Marco Aurélio Coimbra cabeceia para fora, pela linha de cabeceira. É canto contra o Aliás. Gervásio Amorim Silva e Pires vai buscar a bola à cama, coloca-a na marca, corre para ela, a bola corre também para ele e encontram-se a meio caminho, abraçando-se calorosamente. É uma cena enternecedora, o pública chora e até os polícias pararam um pouco a sua acção para poderem assistir a esta pungente cena. É uma boa altura para interrompermos aqui a nossa transmissão. Voltaremos ao estádio de Sítio, a fim de transmitirmos o relato dos últimos minutos deste emocionante prélio.
(...)
E aqui estamos novamente, em directo do Estádio de Sítio, a fim de transmitir o relato dos minutos finais do emocionante embate entre o Aliás e o Realmente. Não houve alteração do resultado desde a nossa última intervenção cirúrgica, que por sinal foi ao apêndice do nº 4 do Aliás, que se queixou nas cabinas, sendo de imediato transportado a casa, onde recebeu o conforto de familiares e amigos. A assistência não arredou pé, apesar da actuação do corpo policial e os jogadores demonstram um certo nervosismo, enganando-se frequentemente nos passes e nos dobles. É lançamento pela linha lateral, executado na perfeição por Couceiro Alves Duarte, que coloca a bola no peito de Asdrúbal Pimenta Lima, o nº 8 do realmente que, evidenciando grande domínio de bola, continua com ela no peito até ao meio campo do Aliás, onde a despacha em volume postal, mas engana-se nos selos e o Aliás aproveita-se, lançando um perigoso contra-ataque pelo flanco esquerdo, em direcção à virilha do guardião do Realmente, que sai dos postes, onde se mantinha desde ontem, e se arroja aos pés do adversário, roubando-lhe a bola, as botas e uma peúga. Cláudio Rodrigues Pato repõe a bola em jogo com um pontapé em profundidade, ficando a bola escondida sob a relva; foram-se um grupo de jogadores para ir buscara a bola, munidos de pás e picaretas, mas o árbitro interrompe o jogo com uma tesoura de alfaiate e determina bola ao ar, por causa das confusões. O fiscal de linha continua a agitar a bandeirola, mas já toda a gente sabe que são só tiques. Sacramento da Costa Silva Gomes ganha o lance, dribla dois adversários, está na zona frontal da baliza, prefere passar para a zona lateral esquerda, deambula agora pelo centro do terreno, parecendo desinteressar-se da jogada, mas acaba por passar a bola a Lopes Garcia Antunes e Sá, que falha a recepção, fugindo o esférico para a linha de cabeceira; correm Diogo Lopes da Silva Antunes Varela e Sousa e Duarte António Dionísio Almeida Cruz Alves santos, mas nenhum chega primeiro, chegam os dois em último e disputam a bola entre si, com alguns socos de permeio. A confusão é salva por Carmo António Jesus Ferreira, que tira um adversário do caminho, com um potente murro na boca do estômago, partindo-lhe alguns dentes, aproxima-se com perigo das redes do Aliás, prepara o remate e fuzila o guarda-redes, que cai para trás, ferido de morte. A assistência ergue-se em uníssono, entoando a marcha fúnebre, o árbitro diz alto “Ainda bem que estou de preto!” e os jogadores juntam-se em redor do guardião ferido. Chega a maca, o fiscal de linha agita a bandeirola com mais vigor, toda a gente sabe que as emoções realçam os tiques e o árbitro aponta o caminho das cabinas, graças à ajuda de um mapa. Termina assim, da melhor maneira, este emocionante prélio, que opôs o Aliás Futebol Clube ao Grupo Desportivo Realmente, com o resultado de um a outro, que se ajusta perfeitamente ao decorrer do encontro. Terminamos, nós também, a transmissão directa que efectuámos, em rigoroso exclusivo para o Pão Comanteiga, e com o patrocínio de Elastex, a pastilha elástica que faz bolas na boca e feridas na língua. “Não deixe os seus filhos à míngua – ponha-lhes Elastex na língua!” Boa tarde, srs. Ouvintes, atenção á programação que prossegue dos estúdios.

Novas modalidades – novas regras
Pólo aéreo – os concorrentes são transportados em aviões fretados para o efeito. A um apito do árbitro, os concorrente são lançados em pára-quedas, juntamente com a bola, que terá o peso ideal para cair com a mesma velocidade que os concorrentes. Depois, todos tentam apanhar a bola. Ganha o que chegar ao chão com a bola na mão. São desclassificados os concorrentes que, embora cheguem ao chão, não tenham aberto o pára-quedas.
Halterohipismo – No fundo, esta nova modalidade pouco difere do clássico halterofilismo. O concorrente deve elevar um peso determinado e seguidamente terá que montar um cavalo (que é sempre o mesmo para todos), sem a ajuda das mãos – que aliás estarão ocupadas a segurar nos halteres. Será desclassificado o concorrente cujo cavalo bata com a barriga no chão.
Salto em profundidade – Como o nome indica, as provas realizam-se debaixo de água, mais precisamente, no fundo de uma piscina. Munidos de escafandro e bilhas de oxigénio para atrapalhar, os concorrentes deverão saltar sobre uma fasquia, colocada a uma dada altura. A fasquia vai subindo, conforme os concorrentes forem perdendo oxigénio.
Basquetebalda – Trata-se de uma variante do velho basquetebol, em que cada jogador joga para si, possuindo, portanto, uma bola e um cesto. Os árbitros são abolidos. Não vale meter a bola no cesto de outro jogador, a menos que haja comum acordo. O resultado final é discutido no bar.
3000 metros às cegas – Esta é uma modalidade que põe à prova o desportivismo de cada um. Os concorrentes têm que cumprir um percurso de 3 mil metros, mas a meta não é assinalada. Deste modo, a partir de uma certa altura, em que os concorrentes serão avisados de que o fim está próximo, é sempre ponta final. Quando o júri achar que os concorrentes deram já suficientes provas de desportivismo, ou quando já não existirem concorrentes em número suficiente para garantir a emotividade da prova, esta terminará. Coma visualização do filme, saber-se-á quem completou primeiro os 3 mil metros.
Boxe pedestre – Nesta nova modalidade, os intervenientes deitam-se de costas no ringue e elevam ambos os pés, descalços. O árbitro, calçado, para se distinguir, encarrega-se de calçar, nos quatro pés disponíveis, outras tantas luvas de boxe. Ao som de um gongue, os dois adversários começarão a agredir-se judiciosamente – com os pés, claro... perde o primeiro que pousar os pés no chão.
Ciclismo de salão – Esta nova modalidade é especialmente dedicada aos países com fracos recursos económicos, que não é o nosso caso, felizmente, e que não possam, portanto, organizar grandes provas de ciclismo. As biciletas normais serão substituídas por outras, ditas ortopédicas, que não saem do mesmo lugar, embora tenham pedais. Ao fundo do salão, projectar-se-á um filme que simulará a estrada. Pode aproveitar-se a ocasião para fazer um electrocardiograma de esforço a cada participante.

Propomos ainda as seguintes novas modalidades olímpicas:
Atletismo – 110 centímetros barreirinhas; estafeta 40x1; salto com vara pau; lançamento do martelo-pilão.
Remo – nenhum com timoneiro; quatro com timoneiro, mas sem barco; oito com timoneiro e barco, mas sem remos.
Tiro – pistola de tiro rápido e alvo à escolha; espingarda de grande calibre e balas de borracha.
Esgrima – cimitarra; canivete; faca de mato.
Ciclismo – 4 mil metros, perseguição, com brigada móvel da GNR atrás.
Ginástica – barra móvel; movimentos presos; perpendiculares assimétricas.

Considerações sobre o tiro
Um torneio de tiro é, como se sabe, um tiroteio.
Se for só para treinar, terá o nome de tirotreino.
É nos tirotreinos que o seleccionador escolhe os melhores atiradores. É o chamado tirocínio.
Os atiradores são os praticantes do tiro, como já deve ter percebido. Mas como ninguém nasce ensinado, também os atiradores têm que aprender primeiro. É quando os atiradores tiram o curso. A tiro, claro. Começam por atirar as pistolas descarregadas e só mais tarde, quando já não há o perigo de atirarem no treinador, é que recebem as balas. Ao contrário da polícia, por exemplo, os praticantes de tiro nunca atiram para o ar. Para além dos praticantes de tiro, há os protestantes a tiro, o que acontece nas manifestações que acabam em batalha campal.
Nunca se deve confundir um atirador com um médico, embora este últimos possa passar o dia a tirar a dor. Tira a dor mas não é atirador. Aliás, de uma maneira geral, o médico nunca anda armado – embora, por vezes, possa andar armado em carapau de corrida, mas essa é já outra modalidade...

Considerações sobre jogging
A manutenção de uma boa forma física é uma das pedras de toque para um corpo são. Diz-se...
O jogging é um prática muito em voga. Consiste em correr e andar alternadamente, ou ao mesmo tempo, o que é mais difícil e – consta... – tem proporcionado alguns enfartos em excelente forma física.
Em oposição ao jogging, alguns calões militantes têm proposto o sitting, que consiste em levantar-se da cama a uma hora qualquer, vestir um fato de treino ou outra roupa à escolha, calçar uns ténis, botas, sapatos, chinelos ou nada e sentar-se imediatamente numa cadeira, banco, sofá, ou mesmo no chão, ficando o mais quietinho possível durante o resto do dia.
Para os que dizem que o jogging faz bem á espinha, os adeptos do sitting dizem que não são peixes. Aos que afirmam que o joggin é óptimo para o coração, os que são a favor do sitting respondem que sempre tiveram bom coração...

Frases
* A vela deve praticar-se de noite.

* Antes de iniciar um jogo de futebol de salão, afaste primeiro os móveis.
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* Uma mulher que pratica ciclismo por prazer, é amadora ou reboleira?

* No futebol, o jogador primeiro mata, só depois remata.

* A pesca desportiva divide-se em duas partes: na 1ª pescam os pescadores; na 2ª pescam os peixes. Só assim será desporto!

* Quando dois irmãos praticam basquetebol pode acontecer o incesto...
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* O boxe é um desporto de elites. Se fosse popular, os participantes não usavam luvas.

* A diferença entre um pelotão de fuzilamento e um pelotão de ciclistas é tão óbvia que não lhe vamos dizer qual é.
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* Numa equipa de futebol, o jogador mais abalizado é o guarda-redes.
* Quando um ciclista segue na roda do outro, deve ficar cá com uma dor no rabo!
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* O avançado de centro é um membro do CDS que tem a mania que é progressista.
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* Se o futebol é o desporto-rei, qual é o desporto-presidente da república?
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* As bolas de ténis nada têm a ver com as outras... as do bilhar, claro...
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* O hóquei em campo está muito desenvolvido nos países do 3º Mundo, como a Índia e o Paquistão, provavelmente porque são nações onde não há dinheiro para comprar patins.

* No futebol, qual a temperatura necessária para congelar a bola?

* Quando um antigo jogador de hóquei, já velhinho, se encontra ás portas da morte, deve utilizar-se a expressão: “coitado... está quase a patinar!...”

* A luta livre só será verdadeiramente livre quando valer tudo, mesmo tirar olhos.
(também publicada na Revista Pão Comanteiga nº7,dezembro 1981)

* Na luta greco-romana, os derrotados são lançados aos leões.

* Qualquer decisão do árbitro, para ser democraticamente aceita, deveria ser aprovada por 2/3 dos jogadores presentes.

* Para não lesar uma das mais florescentes indústrias locais, estão proibidas as provas contra-relógio na Suíça.

Pequeno poema futebolístico a duas vozes
A - Passa a bola fução!
B – O árbitro é aquele senhor?
A – Gatuno! Ladrão!
B – Olha que em pé vês melhor!

A – Ena que ganda frangueiro!
B – São onze de cada lado...
A – Esse gajo é um fiteiro!
B – Não, o qu’induca é o fado...

A – Bate a bola baixo!
B – Aquele ali tem uma bandeira.
A – Não queres é largar o tacho!
B – E aquilo com redes, é capoeira?

A – Não é vaca! É gado!
B – O árbitro está de luto?
A – Foi boa, mas foi ao lado!
B - Não percebo puto

A – Despacha-me essa bola!
B – Toda a gente grita...
A – Não tás bom da tola!
B – Que relva tão bonita...

A – Vai tu! Vai tu!
B – Hoje está tanto sol...
A – Mete a bola no... saco!
B – Amanhã vamos ao futebol...

 


 

 

Actualizado em: 18 Maio 2003
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