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O Coiso
O melhor do meu Pão Comanteiga

PÃO COMANTEIGA NO CONTRA-ATAQUE – 1

Emitido a 6 de Fevereiro 1982

Frases soltas
* Não ataque os sapatos. Será que eles lhe fizeram algum mal?

* “Bom... vou atacar o almoço!...”, exclamou ele, dadno um tiro no bife.

* Era um sujeito tão sisudo que, quando teve o primeiro ataque de riso da sua vida, morreu de tédio...

Política Internacional
* Na Grã Bretanha, aquilo ou vai ou Tatcher!

* No tempo dos nazis, o governo alemão era anti-semita. Hoje em dia, a oposição alemão é anti-schmidta.

* E, como poderia dizer Mário Soares, nas eleiçons francéses, les socialistes ont vencé dans le Miterand de l’adversére...

* Aliás, foi graças aos franceses que o primeiro-ministro grego George Paprendeu como se ganham eleições...

* “Menhaem Begins and I finish!” – exclamou Yasser Arafat, a propósito do conflito do Médio Oriente.

* “Teng Ziao! Ping ping!” – exclamou a mulher do líder chinês, quando reparou que a torneira não vedava...

* Diz-se na União Soviética que não há sol que derreta Brejneve...

* Um regime totalitário é aquele que acerta sempre nos 13 resultados.

* Na União Indiana, o regime é vegetariano.

* Um estudo recente, levado a cabo por uma conhecida firma de levantamento estatístico, chegou à conclusão inabalável de que Ronald Reagan é o melhor dos presidentes americanos em exercício.
(Também publicada na Revista Pão Comanteiga nº 11 – Abril 1982)

* Em Marrocos existe um costume estranhíssimo em relação aos reis. Agora, Assam o Segundo.

* A frase mais célebre do ayatollah Khomeiny é: “Para onde eu for, eles Irão!”
(Também publicada na Revista Pão Comanteiga nº 11 – Abril 1982)

Medidas de austeridade em Portugal
* Devido à crise de energia e ao aumento dos combustíveis, o ministro dos Transportes determinou que os comboios façam, novamente, “pouca terra, pouca terra”. Sempre sai mais barato...
(Também publicada na Revista Pão Comanteiga nº 13 – Junho 1982)

* É a austeridade que determina o nosso corte de relações com todos os países com mais de 5 milhões de habitantes. Assim, evitaremos despesas de embaixadas, consulados, adidos culturais e toda essa traquitana.
Por outro lado, serão intensificadas as nossas relações com Trás-os-Montes, Alentejo e Douro Litoral. Sai mais barato e é mais português!
(Também publicada na Revista Pão Comanteiga nº 13 – Junho 1982)

* É preciso poupar até nos nomes e o governo dá o exemplo. A partir de agora é assim: o Pinto, o Freitas, o Ribeiro, o André, o Ângelo, o Marcelo, etc.
assim, em vez de se dizer, por exemplo: “O Sr. Primeiro-ministro Francisco Pinto balsemão determinou que...”, dir-se-á apenas: “O Pinto determinou que...”
Original, prático e populista. E as próximas legislativas estão no papo!

* “No poupar é que está o ganho!” – é a divisa do governo para 82. por isso, o executivo desistiu definitivamente da ideia de Portugal entrar no Mercado Comum.
Em vez disso, ficou decidido que entraremos no Mercado da Ribeira ou no Mercado do Bulhão. Sempre fica mais perto...

* Para poupar nas fardas, o Ministério da Administração Interna determinou que os polícias passem a andar à paisana. Claro que as mulheres polícia terão que andar à mãezana...

PÃO COMANTEIGA NO CONTRA-ATAQUE – 2

Programa emitido a 13 de Fevereiro 1982

Discursos
* Pão Comanteiga aconselha, Pão Comanteiga explica, Pão Comanteiga ensina, esclarece, oriente, dá pistas, propõe, estabelece, gargareja, limpa os pés antes de entrar, aperta a mão aos amigos, limpa o pó aos biblots da sala. Pão Comanteiga discursa. Tenho dito!

* O discurso é um mamífero com o corpo coberto de pêlos, mas poucos; mama enquanto jovem e mais tarde; é doméstico ou selvagem, conforme. Ás vezes, conforma-se...

* O discurso foi seguido com a máxima atenção. No entanto, nunca o apanharam.

* Só os licenciados têm discursos superiores.

* Um bom orador, ora bem a qualquer hora. É só um problema de agás.

* E não se esqueça desta regra: se alguém boceja durante o seu discurso, não desista! Ele acabará por adormecer!

* Muitas vezes, não é o orador que escreve os discursos, o que não tem importância nenhuma porque, também muitas vezes, não é a assistência que os ouve...

* Quando a audiência de um discurso é constituída por peixes, o discurso toma o nome especial de sermão.

* Gepeto, o simpático velhote que construiu o Pinóquio, foi o primeiro a utilizar a frase: “Estou eu para aqui a falar para o boneco!...”

Pedir a palavra
“Sr. Presidente, dá-me licença?” – perguntou o deputado.
“Faça favor” – respondeu o presidente.
“Eu queria pedir a palavra, Sr. Presidente.”
“Queira a bondade de ser mais explícito” – pediu o presidente – “Como sabe, temos várias palavras à escolha... tudo depende do seu gosto...”
O deputado pensou durante alguns segundos. Depois disse: “Eu gostaria de pedir essa aí... sim, essa aí da direita...”
“Aqui tem....” – disse o presidente, e deu-lhe a palavra. O deputado tornou a falar:
“Agora, Sr. Presidente, se não fosse pedir muito...”
O presidente já estava a ficar chateado com aquilo. Assim, nunca mais conseguia pegar no sono. “Sr. Deputado, diga de uma vez por todas, o que deseja!”
“Desculpe, Sr. Presidente... é que, já que tenho a palavra, gostaria de a usar....”
“Com certeza, Sr. Deputado... pode usar da palavra.....” – respondeu o presidente, enfastiado.
Um brilho surgiu nos olhos do deputado, que começou, com ímpeto: “Inflação, inflação, inflação, inflação, inflação, infação, infecção, inflexão......”
“Chega, Sr. Deputado!” – cortou o presidente – “Tanto usou a palavra que a estragou!...”

Mistérios e segredos
* O mistério das pirâmides seria muito maior se elas tivessem o bico para baixo.

* Sherlock Holmes usava lupa para que as pistas não lhe saltassem para a vista.

* Aquele país tinha uma polícia tão secreta que nunca ninguém mais soube dos seus agentes.

* Um governo no poder é um conjunto de ministérios. Um governo sombra é um conjunto de mistérios.

* Muito antes da espionagem, já as paredes tinham ouvidos...

* “Atchim!” – disse o espião que veio do frio.

* A espionagem foi inventada por Adão e Eva que, depois daquela cena da maçã, passaram o resto dos seus dias a espiar o pecado.

* O mistério da Atlântida ficou em águas de bacalhau.

Alguns dos grandes mistérios da História
* Quando Guilherme Tell atirou aquela seta, acertou na maçã ou falhou o filho?
(Também publicada na Revista Pão Comanteiga nº 13 – Junho 1982)

* Afonso Henriques era mesmo alto ou andava em bicos dos pés?

* Beethoven era surdo ou fazia ouvidos de mercador?

* Napoleão mantinha relações íntimas com Josefina ou eram apenas marido e mulher?
(Também publicada na Revista Pão Comanteiga nº 13 – Junho 1982)

* Garibaldi foi um grande patriota italiano ou um pasteleiro que baptizava bolos com o seu nome?

* Cyrano de Bergerac metia sempre o nariz onde não era chamado?


 

 

 

 

 

 

 

Actualizado em: 24 Julho 2004
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