O farol fundido

Luís Montenegro – esse grande político e empresário espinhense – declarou-se farol deste país.

E depois, foi a banhos.

Resultado: molhou o farol e o farol fundiu-se!

Toda a gente sabe que não se deve molhar o farol. já George Constanza chamava-se a atenção para a chamada “shrinkage” do farol, sempre que é mergulhado em água.

E é assim, com um candidato a primeiro-ministro com o farol encolhido que temos que aguentar mais uma semana de campanha eleitoral!…

Montenegro, tem vergonha nessa cara!

O governo cancelou os festejos do 25 de abril devido à morte do Papa Francisco. Montenegro anunciou que os festejos seriam adiados para o 1º de Maio – e no Dia do Trabalhador organizou um concerto do grande combatente anti-fascista, esse ilustre militar de Abril, Tony Carreira, nos jardins do Palácio de São Bento.

Montenegro não merece ser primeiro-ministro de todos os portugueses, mas apenas das balzaquianas malucas por um tipo com uma voz fininha que, ainda por cima, plagia as canções francesas.

Tem vergonha nessa cara, Montenegro!

Grupo Excursionista “Os Montenegros”

Foi um sucesso a nossa excursão ao Mercado do Bolhão, no Porto. Visitámos demoradamente as bancas dos legumes e das frutas, as diversas bancas de peixe, os talhos e tudo e tudo.

Fomos muito bem recebidos pelas vendedoras com quem trocámos muitos beijinhos e abraços.

No fim, tirámos esta linda foto.

Estamos já a organizar excursões aos mercados de Benfica e de Arroios!

Spinum viva!

Era uma vez um primeiro-ministro que tinha um espinho na garganta. Ele não o sentia, mas ele estava lá. E como era advogado e percebia de latim básico, chamava-lhe spinum.

Desculpava-se, dizendo que o espinho era antigo e nada tinha a ver com a sua governação como primeiro-ministro, mas o que era certo é que a Oposição questionava a transparência do primeiro-ministro.

A qualidade da transparência tem destas coisas: a gente via o espinho, à  transparência e o primeiro-ministro, perante essa evidência, tentou passar o espinho para a mulher e, depois, para os filhos, mas o sacana do espinho não se desprendia da sua garganta. O sacana do spinum viva!

Ter um espinho atravessado na garganta pressiona qualquer primeiro-ministro, por mais honesto que seja. Foi então que o primeiro-ministro desta história decidiu levar o caso ao Parlamento, pedindo uma moção de confiança.

Se os partidos votassem a favor da sua moção de confiança, o primeiro-ministro engolia em seco e deixava o espinho lá enfiado no pescoço, mas se os partidos votassem contra, que novas eleições fossem convocadas – que fosse o povo a decidir se o espinho tinha alguma importância nacional ou não.

E tudo isto por causa de um simples spinum!

Viva?…

O pum que Dona Genoveva deu, não foi ela, fui eu!

O primeiro-ministro Luis Montenegro faz-me lembrar aquela anedota do Bocage.

Num baile, uma Dona Genoveva deu um pum e pediu ao Bocage que assumisse o ónus do fedor que se instalou no salão. Foi então que o poeta anunciou, com voz grave que o pum que a Dona Genoveva  deu, não foi ela, fui eu.

Passa-se o mesmo com o Montenegro.

A empresa que ele fundou, não é dele, é da mulher.

Ou então, a empresa que ele fundou, não é dele, nem da mulher, mas dos filhos.

E os clientes que Luis Montenegro arregimentou, não são dele, mas do Hugo Montenegro, seu filho.

E quando a Solverde telefona a Montenegro e pede que lhe actualize os cookies e a política de proteção de dados, o primeiro-ministro, escandalizado, responde: pergunte ao meu filho, que eu não tenho nada a ver com essa empresa e até tenho raiva a quem tem!

Ai, Montenegro! A tua transparência é cada vez mais opaca!

Tiros no pé de Montenegro

São tantos que nem sei como é possível que o primeiro-ministro continue a andar sem coxear.

Destaco apenas três:

Primeira.

O Expresso de hoje revela que “Centros de Saúde privados vão poder recusar utentes do SNS”. Trabalhei durante 33 anos no Centro de Saúde que serve o célebre Bairro do Picapau Amarelo. Suspeito que muitos dos meus utentes não seriam bem recebidos nestas novas Unidades de Saúde Modelo C.

És pobre, mal encarado, pertences à etnia errada, tens muitos problemas de saúde? Ó filho, o melhor é ficares no SNS, mesmo sem médico de família do que vires para uma destas Unidades privadas atrapalhar a malta, ainda por cima, só trabalhamos em tempo parcial.

Segunda.

O primeiro-ministro veio dizer solenemente que o número de alunos sem professores tinha sido reduzido em 90%. Acompanhado pelo ministro da Educação, Alexandre o Grande, anunciou que já não eram 20 mil, mas apenas 2 mil e picos.

Afinal, o ministro disse hoje ao Expresso que aqueles dados não eram fiáveis. Provavelmente, o número de alunos sem professores é capaz de ser mais ou menos igual ao que era no ano passado. E o ministro atirou as culpas para cima do Director Geral, claro.

Terceira.

Finalmente, no dia em que o Benfica jogava contra o Mónaco, o primeiro-ministro convocou a imprensa para uma comunicação ao país às 8 da noite, na abertura dos telejornais. O anúncio de um golpe de Estado falhado? A abertura de um concurso público para a substituição de TODOS os ministros?

Não!

Montenegro veio anunciar um programa para a aquisição de cerca de 600 viaturas para a PSP e a GNR porque o país é um dos mais seguros do mundo, mas não parece.

O PS logo veio avisar que já tinha aberto um concurso internacional para adquirir 600 viaturas para a bófia em fevereiro passado. Mas no dia seguinte, Leitão Amaro garantiu que era um concurso novo, para comprar mais 700 viaturas além daquelas 600!

Onde é que a Polícia e a GNR vão enfiar tantos carros, porra?!

Montenegro é um pululista!

A propósito da greve do INEM e das mortes que alegadamente ela terá provocado, o primeiro-ministro Montenegro disse, sempre com aquele sorriso sacana:

(Transcrição ipsis verbis)

“Os senhores jornalistas, com todo o respeito, ficam muito chateados (salvo seja), porque eu não respondo exactamente à questão que eles me querem colocar, eu sei que eles hoje só querem falar do INEM, mas eu quero dizer que há um país que pulula todos os dias…”

Pulula não é uma palavra que se oiça todos os dias. Por isso, fui ver o seu significado.

Pulular é um verbo intransitivo que significa brotar, lançar renovos, nascer, romper. E ainda: ferver, arder, ter abundância.

Não sei qual destes significados Montenegro tinha em mente quando utilizou o verbo pulular.

Será que queria dizer que todos os dias Portugal brota, nasce, rompe? Ou antes, que todos os dias o nosso país ferve ou arde?

Provavelmente, o Luís Montenegro não queria dizer nada disto. Saiu-lhe pulula como lhe podia ter saído outra coisa qualquer. é o problema de falar de improviso.

Por isso mesmo, o nosso primeiro-ministro não passa de um pululista!

Montura e Ventenegro

Ventura diz que se encontrou com Montenegro cinco vezes para discutir o Orçamento e que o primeiro-ministro lhe pediu que saísse pelas traseiras, para não ser notado.

Verdade ou mentira?

Ventura também diz que Montenegro lhe ofereceu um compromisso: o Chega poderia vir a fazer parte do Governo se aprovasse o Orçamento.

Verdade ou mentira?

Ventura ainda disse que o “não é não” de Montenegro já não fazia sentido.

Verdade ou mentira?

Pouco interessa se é verdade ou mentira.

Quem se mete com o fogo sai sempre chamuscado.