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O Coiso
O melhor do meu Pão Comanteiga

CORDA

Programa emitido em 5 Dezembro de 1982

Abertura
Pão Comanteiga – um programa da corda que acorda os ouvintes da Rádio Comercial ao domingo de manhã, das 10 às 13, para quem escala a corda a pulso, ou das 13 às 10, para quem escorrega por ela abaixo.
A coisa passa-se dos dois lados, isto é, em onda média e em frequência modulada e é feita por uma perigosa quadrilha, cujos nomes são do conhecimento público, embora não tenham cadastro. Por uma questão de vaidade, lembramos os nomes: Artur Couto e Santos, Bernardo Brito e Cunha, Isabel Pinhão, José António Pinheiro, José Duarte, José Fanha, Mário Zambujal e, na corda bamba, Carlos Cruz, bamboleando-se para um lado e para outro, tentando equilibrar-se, com uma sombrinha numa mãoe uma sobrinha no pé de meias tintas, porque se o homem é tão forte que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato e, mesmo assim, não consegue desprender o meu pezinho, afirmo solenemente que, para as paredes do estômago, frutas e legumes, tá quieto macaquinho e quando entrarem os índios, estarei aqui na primeira linha, pronto a levar com o tiro bem no meio da testa e se me dão corda só me calo amanhã de manhã.
Pão Comanteiga – um programa que faz vibrar as cordas vocais e consoantes, consoante... que tange as cordas do banjo, que estica as cordas da roupa, que repuxa a corda do arco, que atira o laço, dá o nó e está sem guita.
Vamos de fio a pavio, à procura da ponta da meada, por vales e cordilheiras, sem sair da Sampaio Pina.
Pão Comanteiga – um programa humilde e cordato.

Frases
* Gaguejar é saltar à corda vocal.

* Subir uma corda a pulso éuma burrice – é muito mais fácil com as mãos.

* Aquele relógio era tão bera que, em vez de lhe darem corda, davam-lhe cordel.

* Um nó cego faz-se de olhos fechados.

* Namoravam-se há tantos anos que, quando decidiram dar o nó, tinham perdido o fio à meada e não sabiam da ponta.

* Um laço lasso não ata.

* Se se desatam os nós dos dedos, estes caem.

* Uma embarcação que se desloca a mais de 500 nós por hora, gasta corda que se farta.

Pastelinhos
Estava preso. Condenado a 5 anos de prisão maior. Mas não tencionava passar todo aquele tempo na prisão – ele, um perito em evasões.
A mulher visitava-o todos os dias e todos os dias lhe levava um embrulhinho de pastéis de Tentugal. Ele comia os pastéis, deitava fora o papel de embrulho e guardava o cordel.
Três semanas depois, já estava enjoado dos pastéis de Tentugal, mas tinha já cerca de 10 metros de cordel – o suficiente para descer pela janela da prisão e fugir.
Portanto, na noite combinada, amarrou uma das extremidades às grades da janela, esgueirou-se por entre elas e desceu, ao longo do cordel, cautelosamente.
Em casa, aguardando-o com emoção, a mulher prepara um cafezinho bem quente e meia dúzia de pastéis de Tentugal.
Matou-a e voltou, voluntariamente, para a prisão.

 

 

 

 

 

 

Actualizado em: 6 Dezembro 2003
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