Champanhe para os sem-abrigo

Primeiro, vamos situar a coisa:

O Gil Vicente é um clube de futebol da cidade de Barcelos.

O seu presidente chama-se António Fiúsa.

O Gil Vicente vai hoje jogar a sua primeira final de uma grande competição – a Taça da Liga.

O jogo é contra o Benfica.

Situada a coisa, vamos agora ouvir as palavras sábias de Fiúsa:

«Pertenço a um associação e se trouxermos a taça para Barcelos, prometo, durante oito dias, oferecer champanhe aos sem-abrigo que vão almoçar a essa associação, à volta de 40 pessoas carenciadas».

Fiúsa é sempre a abrir!

Quais dar um par de sapatos novos, um cobertor ou uma samarra a cada sem-abrigo!

É champanhe e do melhor, que Fiúsa logo acrescentou que tinha que ser do melhor, um “moet chandonzinho”, como ele sublinhou!

E acrescentou:

«Se ganharmos vamos almoçar um leitão e beber um Moet & Chandon, dos melhores champanhes que há!»

É este o conceito de felicidade do presidente do Gil Vicente: leitão e champanhe!

Mas estas afirmações do Fiúsa colocam muita pressão sobre o Benfica.

É que se o Benfica, desgraçadamente, ganha a taça, os sem-abrigo não terão o privilégio de saborear o Moet & Chandon e vão continuar a ter que emborcar a zurrapa de um espumante qualquer!

 

O nosso não é um Jesus a sério!

O nosso Jesus não sabe expulsar os fariseus.

Quando tem que os enfrentar, retrai-se, encolhe-se e leva na cabeça.

Em três anos de Jesus, nunca enfrentámos os nossos demónios como deve ser; foi sempre a medo. E mesmo quando ganhámos, foi à rasca, a coçar para dentro.

O nosso Jesus tem medo de morrer e não ressuscitar ao terceiro dia. Não confia no pai. Nunca se deixa cair em tentação.

É um Jesus fraco.

E às vezes, inventa, mesmo quando já tudo está inventado.

É certo que nos proporcionou alguns momentos de alegria mas está na altura de ir treinar para o Dubai ou para a Arábia Saudita, onde o seu penteado será muito apreciado.

Quanto a nós, agradecíamos alguns reforços a sério.

E um novo Profeta.

“Atirei o pau ao Pinto da Costa”…

O trabalho dos jornalistas tem que ser devidamente enaltecido.

Que dizer dos jornalistas que foram desencantar esta história?

A educadora de uma creche de Ericeira, decidiu fazer uma ligeira adaptação de uma canção popular “Atirei um pau ao gato”. Na segunda estrofe, cantou, juntamente com os meninos a seu cargo: “vai-te embora pulga maldita/ batata frita/viva o Benfica”.

Quando soube da nova versão deste verdadeiro hino do Cancioneiro Popular português, o pai da Vera ficou chocado.

Ele, que é adepto do Futebol Clube do Porto, foi tirar satisfações com a educadora – mas o que é isto, viva o Benfica? E o Porto?

Numa interessante reportagem transmitida pela TVI ontem, vemos o pai da Vera, incomodado, dizendo que a educadora ignorou a sua indignação, respondendo-lhe que a maioria das crianças era do Benfica e que, portanto, não iria mudar a nova letra da cantiga.

O pai da Vera estava visivelmente preocupado, assim como a mãe da Vera, mostrada em segundo plano, sentada no sofá da sala, a fumar, enquanto a criancinha, lá ao fundo, andava num baloiço suspenso das escadas da habitação.

Dizia o pai da Vera: isto pode não ter importância nenhuma mas, hoje é isto e amanhã, o que poderá ser?

Tens razão, pai da Vera: a ditadura da maioria é o que dá – hoje és obrigado a dar vivas ao Benfica e amanhã, quem sabe, serás obrigado a fazeres-te explodir à porta da Assembleia da República!

Estas educadoras adeptas do Benfica, no fundo, são o verdadeiro Perigo Vermelho!

Comunistas do caraças!

A reportagem mostra, depois, a fachada da creche onde tudo se passa. A mãe de uma outra criança diz que aquela educadora só tem 13 crianças a seu cargo e que os pais das outras 12 já assinaram um documento de apoio à educadora.

Mas o pai da Vera não desiste e já fez queixa da educadora no ministério da Educação (verídico!).

Boa, pai da Vera! Mostra-lhes como é!

Na minha opinião, o senhor enganou-se no motivo da queixa: a educadora devia ser admoestada por ensinar às crianças uma cantiga que instiga à violência contra os animais, isso sim!

Atirei um pau ao gato?!

Porquê?! Que mal é que o gato fez?!

Ainda se fosse atirei um pau ao pinto-da-costa…

Djaló, afinal, é benfiquista

Djaló diz que sempre foi benfiquista.

Lembram-se do Cadete?

Também tinha o Benfica no coração.

Aliás, também tinha o Sporting e o Celtic (?) no coração.

Tinha, obviamente, hipertrofia do músculo cardíaco.

Paulo Bento também é benfiquista, como Carlos Martins e Domingos Paciência, José Sócrates, o Barbas, Mário Soares, o meu primo Fernando e Xanana Gusmão.

Pois se o Benfica tem cerca de 6 milhões de adeptos!…

Agora, o Djaló… com aquele penteado… com aqueles brincos… com aquela esposa…

Djaló é tão benfiquista como o João Pinto era sportinguista e o Passos Coelho é cavaquista…

Verdes de inveja

Aquela agremiação desportiva que fica sediada ao fundo da 2ª Circular e que tem aquela inacreditável camisola às riscas, continua a dar que falar pelos piores motivos.

Depois de ter contratado um treinador que faz madeixas no cabelo e que diz que a equipa está na “fase Cerelac” (o que raio quer o gajo dizer com isto?), agora forra as paredes dos corredores dos balneários com fotos de machos em poses agressivas.

Revelador…

E a inveja pelo Glorioso é tão grande que, depois dos chineses terem entrado na luz, agora é o presidente dos lagartos que diz que está a preparar a entrada de asiáticos no capital da SAD leonina.

Invejosos!…

IVA (cada vez mais) terrível

A Assembleia da República aprovou as novas taxas de IVA para alguns espectáculos.

Por exemplo: espectáculos musicais vão pagar 13%, enquanto jogos de futebol pagarão 23%.

Acho mal.

O IVA é o imposto mais injusto que existe.

O rico e o pobre pagam o mesmo IVA pelo pão.

Do mesmo modo, não é justo que eu pague 23% para ir ver o Benfica jogar e, se me der um amoke, for ver o Porto jogar, pago os mesmo 23%. Claro que, se eu for ver um jogo do Porto, por qualquer doença neurológica degenerativa de início súbito, devia pagar 50% de IVA.

Pior ainda: pagar 13% para ver o Tony Carreira e 23% para ir ver o Benfica?

Onde está a justiça?

Ir à bola

Ver futebol sentado no sofá é, desde há muito tempo, um dos meus desportos favoritos.

Mas não há nada que chegue a ver um jogo em directo, sentado nas bancadas do magnífico Estádio da Luz.

Ontem fomos ver o Benfica ganhar ao Paços (só com um ésse) por 4 a 1.

Ver mais de 30 mil pessoas a agitar os cachecóis vermelhos e a gritar Benfica! Benfica! supera – em muito – o facto de não podermos ver as repetições dos golos…

Além disso, da bancada, parece que o árbitro se engana mais vezes, o que nos permite chamar-lhe vários nomes, entre os quais se destacam o de gatuno, palhaço e Alberto João…

Por que não esmagámos o Naite?

Confesso que estava à espera que o Benfica fosse esmagado ontem.

Temi que os Red Devils viessem por ali abaixo, ludibriassem o Emerson, atrapalhassem o Máxi, baralhassem o Luisão e desfeiteassem o Artur várias vezes.

Pensei mesmo que o Benfica perderia, pelo menos, por cinco.

E afinal, nada disso!

Podemos até dizer que o empate até foi lisonjeiro para o Manchester.

Mas só depois do jogo terminado é que percebi o que, de facto, se passara.

Jesus explicou tudo.

E disse que o Benfica jogara taco a taco com o Naite.

AH! Aquela equipa, afinal, não era o Manchester – era o Naite!

Assim, está tudo explicado!

Luis Filipe Vieira a ministro!

O BPN já nos custou 2,4 mil milhões de euros.

Foi agora vendido ao BIC por 40 milhões, apesar de haver outra proposta que oferecia 100 milhões.

Luis Filipe Vieira comprou o guarda-redes Roberto por 8,5 milhões de euros ao Saragoça.

Depois de um ano de péssima exibições, o mesmo jogador foi vendido ao mesmo Saragoça, por mais 100 mil euros.

Conclusão: Luis Filipe Vieira devia ser nomeado ministro da Economia!

Sport ONU e Benfica

Vi ontem o primeiro jogo de preparação do Benfica.

Para além do resultado, que pouco importava, dado o miserabilismo do adversário, o que interessava era ver como jogavam as novas aquisições.

Confesso: eram tantas as novidades que já me lembro dos que jogaram bem e dos que jogaram menos bem…

Fiquei, porém, com a impressão que o Benfica é assim uma espécie de Nações Unidas, com representantes de todos os países. Se não me engano, só lá faltam jogadores do Burkina Faso e do Sudão do Sul, país recentemente criado.

E portugueses, claro…