O Brasil militariza-se

Em breve, todos os brasileiros usarão uniforme.

Bolsonaro está a militarizar o Brasil.

Em algumas escolas, os miúdos são obrigados a fazerem formatura logo pela manhã, sob o comando de um militar. Depois, cantam o hino nacional.

Antes, à entrada da escola, rapazes e raparigas (perdão, meninas – raparigas, no Brasil, é outra categoria…), são inspeccionados por militares: eles não podem trazer brincos ou outros adornos considerados femininos e elas terão que usar saias decentes e nada de maquilhagem.

Durante os intervalos, militares armados patrulham os recreios

E o mais engraçado, é que alguns pais acham a ideia muito boa. Vamos a ver se continuam a achar graça quando um dos seus filhos aparecer em casa, de kalachnikov em punho…

Para além desta militarização das escolas, Bolsonaro também liberalizou o uso de armas.

Segundo o Público, o presidente do Brasil vai “alargar o número de pessoas com direito a ter armas de fogo. À luz da lei, políticos, advogados, jornalistas, proprietários rurais, motoristas de pesados, entre outros”, passam a poder possuir uma arma de fogo.

Podemos imaginar, daqui a uns tempos, advogados, em pleno tribunal, fazendo as alegações finais, de coldre e revólver à cintura; ou jornalistas a entrevistarem políticos, de pistola apontada, ao que os oponentes poderão responder, empunhando caçadeiras de canos serrados. E os motoristas de pesados escusam de fazer greve – basta apontarem armas ao patronato, exigindo aumento de salário.

Bolsonaro devia ter alargado ainda mais o decreto, permitindo a ex-presidentes do Brasil o uso e porte de arma.

A esta hora, Lula e Temer já não estariam presos.

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