“Islands”, dos King Crimson

Haverá por aí alguém que se lembre deste disco? E dos King Crimson?

Basicamente, os King Crimson era uma banda do guitarrista Robert Fripp que, ao longo de cerca de 30 anos foi juntando grandes instrumentistas para dar corpo a um projecto que se resume a isto: fazer um rock marginal, infectado pelo jazz, nomeadamente pelo free jazz, e pela chamada música erudita. Para isso, contribuíam os arranjos mais ou menos elaborados, os sopros, as cordas e, sobretudo, o melotron – o sintetizador dos pobrezinhos.

Depois de discos tão importantes como “In the Court of King Crimson” (1969), “In the Wake of Poseidon” (1970) e “Lizard” (1970), e depois da primeira ruptura na banda, que coincidiu com a saída dos Giles (Michael, percussão e Peter, baixo), Fripp juntou-se ao sax de Collins e à percussão de Wallace, e, com a sua guitarra e o seu melotron fez este “Island” que, 37 anos depois continua a ser um grande disco, na minha opinião, desde o instrumental “Sailor’s Tale”, com muito jazz à mistura, à popsong complexa, “Ladies of the Road”, que faz lembrar “Come Together”, dos Beatles de “Abbey Road”, e ao tema mais “erudito”, “Prelude: Song of the Gulls”.

Já não se fazem discos assim…

5 thoughts on ““Islands”, dos King Crimson

  1. “os King Crimson era uma banda do guitarrista Robert Fripp”

    Não compreendo por que é que diz “era”…

    “ao longo de cerca de 30 anos”

    De 1968 a 2008 não vão trinta mas sim quarenta anos…ai ai essa aritmética!…

    Não esquecer o baixista Boz e um elemento fundamental que é o letrista Peter Sinfield…

    + cinco músicos convidados em que se destaca Keith Tippett no piano, de formação jazzística.

    “Já não se fazem discos assim…”

    Percebo o que quer dizer mas musicologicamente não concordo.

    De qualquer das maneiras obrigado pelo texto e continue a escrever po exemplo sobre o mago da guitarra que é Fripp…

    Francisco Trindade

  2. Era, no sentido em que o último disco de originais dos King Crimson data de 2003 e o primeiro de 1969 – dá 34 anos de carreira. De 2003 para cá, só espectáculos. Por essa ordem de ideias, enquanto o Fripp dedilhar uma guitarra, os King Crimson continuam a existir. Também não sei o que quer dizer com “musiologicamente”. Soa-me a museu. Para mim, a música é mais emocional, portanto, mantenho: já não se fazem discos assim (nem assado).

  3. Mas obviamente que se conta com tudo!…
    “De 2003 para cá, só espectáculos.” O que prova que estão vivos…certo?

    Quanto ao musicológico não tem nada a ver com museus como aliás se pode ver pelo étimo grego:
    A música (do grego μουσική τέχνη – musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
    E era do ponto de vista artístico que me manifestava no texto anterior…

  4. Mantenho: já não se fazem discos assim. Dê-me um exemplo. Apenas um.
    E “musicologicamente” continua a soar-me a museu (grego à parte…)

  5. o crimson e a melhor e mais completa banda de progressivo de todos os tempos, mesmo hoje que ta meio devagar ainda e excelente, com musicos de primeira qualidade

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