Vasco Putrefacto Valente

O azedo e reaccionário Vasco Pulido Valente não gosta de ninguém.

Detesta-se a si próprio.

Percebe-se isso pelo facto de, em todas as suas crónicas, ao longo de todos estes anos, não ser capaz de elogiar porra nenhuma.

Tudo o que aconteceu e acontece em Portugal é uma merda, o país é um lamaçal, os nossos políticos são todos uns cabrões, incluindo ele próprio, que também foi deputado e secretário de Estado.

Qualquer pequena conquista que o país faça é logo menosprezada por este intelectual pacóvio, porque é uma espécie de saloiice não perceber que, no meio de tanta porcaria, alguma coisa merece aplauso.

No fundo VPV é um snob saloio – não no sentido tradicional dos habitantes dos arredores de Lisboa, mas no sentido pejorativo atribuído aos saloios que não se actualizam, que continuam a viver no passado.

Vem tudo isto a propósito da última crónica do VPP, que não li, mas que vem citada no pasquim Sol, sobre a eleição de Guterres, e que diz isto:

“Agora que já acabou ou, pelo menos, se atenuou a campanha patriótica para a canonização de Guterres, talvez se possa olhar para ele com alguma tranquilidade e medida. Por acaso conheço a criatura. É um homem fraco, influenciável, indeciso e superficial. A crónica amnésia deste país fez desaparecer numa semana de glória o péssimo governo que dirigiu.”

Apetece dizer que, no que respeita a Pulido Valente, também conheço a criatura. Escreve crónicas medíocres há décadas, que agora saem naquela coisa chamada Observador, publica livros de História que ninguém lê e é um homem fraco, ao ponto de se ter casado duas vezes com a mesma mulher.

E invejoso, pelos visto…

Bofetadas, chapadas, estalos, borrachos, galhetas e similares

Já toda a gente conhece a história.

Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente, escreveram crónicas, que saíram no Público, em que desancavam o ministro da Cultura, João Soares.

Em resposta, o ministro foi ao seu Facebook e ofereceu a ambos os senhores, dois pares de bofetadas.

O alarido foi tal que, hoje mesmo, Soares pediu a demissão e António Costa aceitou.

Quer dizer: o governo anterior tirou quase tudo e passou incólume e quando, neste governo, aparece um ministro a oferecer algo, é demitido.

Está mal.

Mas o que me interessa não é bem o episódio em si mesmo, mas sim a linguagem.

Já repararam que as bofetadas se dão, enquanto os estalos, por exemplo, se pregam?

Sempre aos pares, como os polícias, damos um par de bofetadas, mas pregamos um par de estalos.

Já os borrachos, levam-se. Se não estás quieto, levas um borracho.

As chapadas e as galhetas, por seu lado, podem dar-se ou levar-se, é indiferente.

A história das chapadas tem mais de dois mil anos.

Como se sabe, também Cristo levou uma chapada e até ofereceu a outra face, para levar outra, e não protestou, como este bando de filisteus, que ficou tão ofendido por um ministro gostar de dar porrada.

E Soares até foi elegante porque ofereceu bofetadas, em vez de socos, murros, chutos ou pontapés.

O ex-ministro defendeu-se, dizendo que respondeu a insultos e não a críticas.

De facto, se lermos a crónica da Vasco Pulido Valente (a de Augusto M. Seabra não interessa para nada, nem sequer sabemos a que se refere o M do nome…) – ao lermos a tal crónica, verificamos que ele chama verbo de encher a João Soares.

O que raio será um verbo de encher?

Encher já é um verbo!

Enfim, Vasco Pulido Valente quereria dizer que Soares é incompetente e foi nomeado para o governo só para encher, para fazer número.

Soares não gostou e ofereceu-lhe as tais bofetadas, caso o encontrasse por aí.

António Costa veio dizer que os ministros, até à mesa do café, não se podem esquecer que são ministros.

E Soares demitiu-se.

Agora que já não é ministro, já pode procurar o Vasco Pulido Valente e, deixando de ser polido, e mostrando que é valente, assestar-lhe um par de bofetadas bem dadas.