Irrevogabilidades e incompatibilidades

Em julho de 2013, Paulo Portas apresentou a sua demissão do Governo, em ruptura total com Passos Coelho. Parece que não gostou da nomeação de Maria Luis Albuquerque para o cargo da ministra das Finanças.

E disse que essa decisão era irrevogável.

Não foi, como se sabe.

Portas continuou no Governo e lá continuaria se não tivesse sido apeado por aquilo a que ele apelidou de geringonça.

Agora, com aquele ar digno de quem leva a República muito a sério, despediu-se da Assembleia da República e vai trabalhar para a Mota-Engil.

Vai ser colega do Jorge Coelho que, depois de ter sido ministro do Equipamento, aceitou o cargo de CEO na dita empresa.

Nada de incompatibilidades.

Coincidências.

Portas, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, fez seis viagens à América Latina; chamou-lhes diplomacia económica. A Mota-Engil fez parte de todas as comitivas.

Agora, a Mota-Engil criou o cargo de consultor para a América Latina e convidou Paulo Portas.

Nada de incompatibilidades.

Coincidências.

Simples coincidências…

Afinal, Portas faz o que todos fazemos: trata da vidinha dele.

Pena que faça de conta que é diferente…

Está quieto, ó Portas!

Agora ficámos a saber quem é o culpado pelas novas medidas de austeridade que o governo do Costa se viu obrigado a tomar.

E o culpado foi o Paulo Portas.

Sem que ninguém lhe encomendasse o sermão, o futuro ex-líder do CDS foi a Bruxelas falar com o presidente da Comissão Europeia e disse-lhe isto:

“Estive em Bruxelas esta semana, pedi ao senhor Juncker que não fosse intransigente porque se houvesse um desacordo grave o problema não era para o Governo, era para Portugal e os portugueses seriam os primeiros a ser prejudicados mais dia menos dia”.

E pronto, está-se mesmo a ver que Junker, perante este pedido, apertou com o Costa o mais que pôde, porque deve ter pensado que Portas estava a ser sarcástico.

E só podia ser: então o CDS ganhou as eleições em coligação com o PSD e o Costa é que formou governo e o Portas, ainda por cima, quer ser bonzinho e ajudá-lo, pedindo ao Junkers para não ser intransigente?

Estava a gozar, certamente!…

E toca de apertar o torno ao Costa.

Retira-te mas é para os teus negócios de família e deixa-nos em paz, ó Paulinho!…

A campanha a nu

disturbing-pregnancy-photos-8Joana Amaral Dias deu o mote para campanha eleitoral ao posar nua, com um gajo a agarrá-la por trás.

Fartos de comícios, arruadas, debates, cartazes e outras tretas, os portugueses aplaudiram.

Logo os restantes líderes políticos decidiram seguir o exemplo da Joana.

E assim, a Catarina Martins vai-se deixar fotografar nua, com a Mariana Mortágua a agarrá-la por trás.

Jerónimo Sousa deixar-se-á fotografar, todo nu, com a classe operária por trás.

António Costa já se está a despir para ser fotografado com o António José Seguro atrás dele.

E, finalmente, como seria de esperar, Passos Coelho, nu, será fotografado com Paulo Portas a agarrá-lo por trás.

25 de Abril sempre!

As portas que Abril abriu, Portas não as vai fechar – e Passos, muito menos!

A herança do MFA está assegurada, graças a estes dois verdadeiros revolucionários.

Ao apresentar o programa eleitoral da coligação Portugal à Frente, Passos Coelho garantiu que “Estamos hoje a lutar mais por Abril e pela liberdade do que tantos outros”.

http://expresso.sapo.pt/politica/2015-07-29-Estamos-hoje-a-lutar-mais-por-Abril-e-pela-liberdade-do-que-tantos-outros

Governo escuta, Passos e Portas estão em luta!

mySuperLamePic_47b3c652cec0c32d4a60de48753e973f

No sítio do costume…

Tubarões, raias, peixes-anjo, peixes-morcegos, atuns rabilho, peixes-diamante, mandarins, sargos-veado e muitos outros, são peixes que pode encontrar no Oceanário…

E agora, graças ao governo Passos-Portas, também no sítio do costume, o Pingo Doce.

De facto, o governo acaba de vender o Oceanário ao segundo merceeiro mais rico de Portugal.

Agora, só falta vender o Jardim Zoológico ao Belmiro…

Governo cria nova unidade monetária

Ao vender a companhia aérea portuguesa por 10 milhões de euros, o governo Passos-Portas criou uma nova unidade monetária: a TAP.

A TAP vale 10 milhões de euros.

Assim, podemos dizer, por exemplo, que o Sporting contratou Jorge Jesus por duas TAP e que o Atlético de Madrid vai pagar ao Porto, pela contratação de Jackson, três TAP e meia.