Junta-te à CPLP!

Se o teu presidente tomou o Poder à força, num golpe de Estado sangrento;

Se vives numa ditadura;

Se aprovas a tortura e a pena de morte;

Se tens uma taxa de analfabetismo superior a 50%;

Se não falas uma palavra de português;

Junta-te à Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa!

A Guiné Equatorial já o fez!

De que estás à espera?!

Os semáforos de Bissau

O Diário de Notícias publica hoje, na página 25, um texto de Mussá Baldé, jornalista da Lusa, intitulado: «Todos querem ver os primeiros semáforos da capital guineense”.

O texto é tão fantástico, que merece ser transcrito quase na íntegra.

Começa assim:

«Bissau recebeu os seus primeiros semáforos, mas em vez de se tornarem instrumentos para melhorar o trânsito automóvel, na realidade, causam curiosidade e confusão no tráfego.»

Portanto, na principal avenida de Bissau, foram colocados semáforos, a título experimental. Os habitantes da Guiné-Bissau nunca tinham visto semáforos na sua vida. Assim, segundo Baldé:

«O problema é decifrar a informação que é dada por cada cor, pois, às vezes, acende o vermelho e lá estão alguns condutores a acelerar para passar, justamente na altura em que os peões, que também desconhecem a ordem dada pelas luzes, tentam atravessar a avenida.»

Trata-se de uma situação potencialmente perigosa. Haverá atropelamentos?

Parece que não. Tudo é vivido com a alegria. Voltemos a Baldé:

«As gargalhadas, tanto dos condutores como dos transeuntes, têm sido regra para acalmar essas hilariantes situações frequentes nos cruzamentos onde existem os semáforos».

E parece que nem as autoridades conseguem perceber o que as cores dos semáforos significam.

«Estava a luz vermelha acesa no semáforo e manda-me avançar um agente do trânsito. Não obedeci porque ele estava errado, contou Alfa Djaló, um taxista que trabalha na avenida Combatente da Liberdade da Pátria».

Baldé explica-nos que a confusão dos agentes de autoridade não se limita aos semáforos, «também é notada na sinalização, pois agora, a estrada que liga o mercado do Bandim ao aeroporto da capital guineense, ao longo de uma extensão de oito quilómetros, possui sinais e travessias para os peões. “Noutro dia por pouco não atropelei uma velhota que estava a atravessar a avenida. Dizia ela que os jovens que ali se encontravam nos postes dos semáforos, mandaram-na passar, dizendo que o semáforo, que estava verde, era para os peões atravessarem”, relatou um jornalista da Rádio Nacional.»

E Mussá Baldé termina esta notícia extraordinária com esta frase lapidar:

«Já se fala em Bisssau que algumas pessoas do interior viajam para a capital do país de propósito para verem os primeiros semáforos do país.»

Quinhentos anos de colonialismo português fez da Guiné-Bissau este caso de sucesso!

CPLP expande-se

Para além dessa maravilhosa democracia que é a Guiné Equatorial, outros países pediram, também, para serem membros de pleno direito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a saber:

– a Venezuela, porque tem muitos emigrantes portugueses, porque nos compra os Magalhães e porque Chavez é grande amigo do Sócrates e do Alberto João;

– a Líbia, porque Kadhafi já armou a sua barraca em Portugal e gostou;

– o Kosovo, porque Portugal é um dos poucos países europeus que reconheceu a sua independência;

– a Ucrânia, porque metade da população já fala português porque, ou está emigrada em Portugal, ou já esteve e ficou a falar melhor português do que alguns portugueses nas entrevistas de rua dos telejornais;

– e a Coreia do Norte porque foi a única equipa a quem Portugal marcou golos no Campeonato da Vuvuzela.

Pequena nota: a esperança média de vida na Guiné Equatorial é de 51 anos, a taxa de mortalidade infantil é de 92 por mil nascimentos, três em cada quatro habitantes do país vive abaixo do limiar da pobreza e o actual presidente foi considerado pela Forbes o oitavo governante mais rico do mundo.

Duas notícias estranhas

No Público de ontem, duas notícias estranhas:

Primeira – “Guiné-Bissau – Governo foi remodelado”.

A Guiné-Bissau tinha governo?!…

Segunda: “Somália – Homem de 112 anos casa com noiva de 17”.

Sabendo que a esperança média de vida, na Somália, é de 52 anos, basta ter-se 60 anos e dizer que se tem 112 – os outros sabem lá!