Avaliação dos professores – nova proposta

A ministra da Educação faz mal em não dar ouvidos aos professores. Ela é teimosa e não está a perceber que, deste modo, o PS está a perder votos.

Ontem, mais uma vez, milhares de professores alugaram autocarros e, à boa maneira das manifestações de apoio ao Estado Novo (as chamadas manifestações espontâneas, largamanente organizadas) ou, melhor, à boa maneira das manifestações organizadas pelo PCP durante o PREC – lá vieram eles, avenida acima, contra o processo de avaliação proposto (imposto?) pelo ministério.

E a ministra devia olhar para aqueles cartazes e escutar aqueles cânticos, para saber com quem está a lidar.

Um dos cartazes dizia: “Não à Escola da bandalheira, para acabar com tanta asneira”.

É bonito.

Um grupo de professoras com excesso de peso, subia a avenida de braço dado e escandia:

“Piu, piu, piu – a ministra já caiu!”

Educativo.

Com tanta originalidade, a ministra bem podia nomear alguns destes crâneos para a ajudar a elaborar um novo processo de avaliação.

A minha proposta é a que segue:

INQUÉRITO DE AUTO-AVALIAÇÃO AOS PROFESSORES

1. Escreva o seu nome completo (não é permitido copiar pelo BI)

2. Pensa que as suas actividades pedagógicas têm contribuído para um ensino mais digno, justo e assim?

A) Sim  B) Não  C) Não sabe/Não responde

Penso que com este método de avaliação, todos os professores ficavam satisfeitos, a progressão na carreira continuaria tranquilamente, a ministra deixaria de ter chatices e acabavam-se com as manifestações, o Sócrates dormia mais descansado e o PS ganhava mais uns votos.

À vossa consideração…