Bater não resolve nada…

Sou do tempo em que a porrada era uma medida pedagógica.

“Vê lá se queres levar uma chapada nessa cara”, ou “Estás aqui estás a levar”, ou ainda “Levas uma palmada no rabo”, eram expressões que os pais dos miúdos da minha geração usavam com frequência.

A panóplia de castigos físicos era imensa: chapadas, palmadas, estalos, chineladas, tabefes, tareias, sopapos, puxões de orelhas, lamparinas, carolos, chapadões, para já não falar nas reguadas e ponteiradas que apanhávamos na escola, sempre que falhávamos uma pergunta ou quando nos portávamos mal.

Temos que desculpar os pais dos anos 50 e 60 do século passado.

Por um lado, eles também tinham sido criados com porrada, por vezes com cintos e até chicotes.

Por outro lado, que castigos haviam eles de nos infligir? Não nos podiam proibir de mexer no iPad ou no iPhone – o próprio Steve Jobs nasceu em 1955 e também deve ter levado uns sopapos do pai, sempre que era apanhado a tirar macacos do nariz e a enfiá-los na boca.

Por outro lado, se os pais nos proibissem de ver televisão, a malta até agradecia – quem queria ver aqueles dois canais anémicos, a preto e branco?…

Portanto, não lhes restava outra alternativa senão chegarem-nos a roupa ao pêlo, sempre que nos portávamos mal…

Claro que, na maior parte das vezes, verificava-se que as tareias não resolviam coisa nenhuma e os putos ainda faziam pior

Ora, hoje em dia, as agressões físicas deixaram de ser aceites como método pedagógico.

Assim se vê o atraso da claque sportinguista.

De que é que lhes valeu irem bater nos jogadores?

Eles perderam a Taça na mesma!

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