The Art of Paul McCartney

art of paul mccartneyEu sei que não é politicamente correcto gostar de McCartney.

Se, gostar dos Beatles já é um sacrilégio para os intelectuais que se vêm com o palerma do Panda Bear, ser fã do McCartney deve equivaler a sofrer um AVC;

… Na eventualidade de gostarmos dos Beatles, que seja do Lennon ou, melhor ainda, do Harrison, que eram… enfim, eram…

Vão-se lixar!

O velho McCartney é responsável por algumas das melhores canções pop dos últimos 40 anos, quer queiram, quer não.

Este CD de tributo é disso prova.

Billy Joel interpreta “Maybe I’m Amazed” e “Live and Let Die”, Bob Dylan canta “Things We Said Today”, Harry Connick Jr. interpreta “My Love”, Willie Nelson canta “Yesterday”, um surpreendente Barry Gibb canta “When I’m Sixty Four”.

Tudo velhotes?

E depois?

Atentem no “Helter Skelter” do Roger Daltrey, do “Hello Goodbye”, dos Cure, do “Let i Be”, da Chrissie Hynde, ou no “On The Way”, do B. B. King e chamem velhos a outros!

Boa nota também para a versão do “Let’em In”, do Dr. John, ou do “Got to Get you in My Life”, do Perry Farrell.

Enfim, são 34 temas, mas podiam ser muitos mais!

Thanks Sir McCartney!

One thought on “The Art of Paul McCartney

  1. Inteiramente de acordo! Só gente com graves problemas de surdez no gosto musical é que é incapaz de perceber que Paul McCartney é um dos grandes escritores de canções do século XX, ainda que eu ache que o grande período dele pertence ao tempo dos Beatles. Uma das coisas boas desta recente edição remasterizada de todos os álbuns dos Beatles foi ter-me dado a oportunidade de os ouvir de seguida, de uma ponta à outra. Ora, uma das coisas que constatei foi o facto de McCartney ser o autor mais prolífico do grupo, com uma produtividade bem superior à de Lennon, o que significa que o corpo principal das melhores canções dos Beatles lhe pertence. Por exemplo, no mítico “Sgt. Pepper’s” quase todas as canções são dele, para já não falar do Álbum Branco, em que ele assina canções que cobrem um espectro larguíssimo de estilos, com uma inventividade estonteante. Por isso, há dizer aos detractores: vão lavar os ouvidos!

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