“Memoirs of a Geisha”, de Rob Marshall

Se em “Love in the time of cholera” temos actores espanhóis, italianos e brasileiros a falar inglês com sotaque colombiano, neste filme a coisa ainda é mais complicada: temos actores chineses, a fazer de conta que são japoneses e a falar inglês com sotaque de Osaka (ou será de Hokaido?).

Tirando este “pequeno” pormenor, “Memoirs of a Geisha” é bonito e quase que faz chorar as pedras da calçada. Conta-nos a história de Sayuri, desde que foi vendida pelo pai, um pobre pescador à beira de ficar viúvo, até se tornar na mais famosa e aclamada gueixa do Japão e arredores, nos tempos da 2ª Guerra Mundial.

Este percurso que, no filme, dura mais de duas horas, está cheio de ódios, invejas, ciúmes e sentimentos correlativos, vividos entre as gueixas, o que nos deixa um pouco perplexos, já que retrata uma realidade que nos é desconhecida. Será que é (era) exactamente assim – ou esta é a visão dos ocidentais, que dificilmente penetram noutras culturas, nomeadamente na japonesa, sempre tão fechada ao exterior.

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