Obrigado, Doug Fieger

Em 1973 saíram “Dark Side of The Moon”, dos Pink Floyd e “Houses of the Holy”, dos Led Zeppelin.

Depois disso, entreguei-me à música popular brasileira (Chico, Caetano, Gilberto Gil), à música portuguesa de intervenção  (Zeca, Zé Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira…) e à chamada música erudita.

Papei de tudo, da Handel a Xenakis, de Mozart a Bartok, de Beethoven a Eric Satie.

Com o 25 de Abril, a coisa ainda se agravou mais. Era reaccionário gostar de rock’n’roll.

Foi em 1979, a fazer o estágio de Saúde Pública, em Armamar que, sem acesso ao gira-discos, recomecei a ouvir a Rádio Comercial e foi “My Sharona” que me fez voltar a bater o pé no chão, a compasso e, sem que ninguém visse, a abanar a cabeça, ao ritmo frenético dos Knack.

Deixei-me de preconceitos e recomecei a ouvir pop-rock.

O responsável foi Doug Fieger, líder dos Knack.

Morreu no passado domingo, com a minha idade, e um tumor cerebral.

Não conheço mais nenhuma música dos Knack, mas obrigado pela Sharona, pá!

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