“Timbuktu”, de Paul Auster

timbuktu.jpgDelicioso livro de Paul Auster, publicado em 1999 e que nos conta a história de um cão rafeiro, Mr. Bones e do seu dono, Willy, um sem abrigo, com esquizofrenia.

Willy devia ter sido poeta, mas a doença alterou-lhe os planos e fez com que andasse em bolandas, pela costa leste dos EUA. Para o defender dos frequentes ataques de outros vagabundos, adoptou um rafeiro, a quem chamou Mr. Bones, que passou a ser o seu companheiro, guarda e confessor. E é graças ao cão que vamos lendo o relato da vida de Willy, dos seus sonhos e desencantos. Porque, a este cão, só lhe falta mesmo falar. Se Willy tivesse tido tempo, teria ensinado Mr. Bones a falar, como os humanos – mas não, apenas lhe ensinou a sonhar; a sonhar, por exemplo, com Timbuktu, a terra para onde todos nós vamos, depois de morrer, e onde, muito provavelmente, cães e homens falam a mesma língua.

Escrito quase como um conto de fadas, este livro de Auster foi uma boa companhia, na nossa viagem pelos States.

3 thoughts on ““Timbuktu”, de Paul Auster

  1. Obrigado pela recomendação, mas já o li em 2003, e também achei muito bom – aliás, como todos os livros do Auster. Neste momento, só me falta ler o último, “As Loucuras de Brooklyn”

  2. Terminei no passado Domingo este “Timbuktu” e adorei.
    Não consegui conter as lágrimas, aliás, o pranto.
    Foi a 2ª vez em toda a minha vida e contando já com um grande rol de livros lidos, que chorei por causa de um livro. Curiosamente em ambas as vezes foi devido a um livro com a mesma temática: cães.
    Já agora, o primeiro livro em que me comovi foi “Marley e Eu”.

    “Timbuktu” é uma belíssima metáfora ao mundo canino e à grandeza que são esses animais de 4 patas.
    “Delicioso” é um bom atributo para descrever o livro, tal como o autor deste post tão bem o fez.

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